domingo, 11 de dezembro de 2011

Melancolia

Porque precisamos ver algo morrer, para fazer algo? Será que é necessário sofrer sempre? Eu não entendo e acordei hoje pensando nisso.
Porque é necessário deixar uma história, às vezes uma vida juntos ir se degradando, se destruindo por culpa de nós mesmos, para, só no fim de tudo, nos arrependermos, assumirmos nossas culpas? É incrível quando olhamos para trás e, honestamente, analisamos nossos próprios erros. E triste também, por saber que, eram tão fáceis de corrigir, e com o tempo foram se tornando quase um veneno, acabando assim com o que havia de mais belo.
Nem sei exatamente porque venho escrever sobre isso, mas sinto que meu post de hoje tinha que ser assim... Sobre a vontade imensa de consertar algo que, hoje, não mais tem conserto. Vou falar sobre o inicio, meio e fim de um namoro (ou a relação que for)... E como sei que todos já passaram sobre isso, fica mais fácil.
O início, tudo tão belo, a conquista, os elogios, os sonhos em comum, os planos, as juras de amor na madrugada, sob a lua... As viagens, aquela vontade de estar sempre juntos, independente do resto do mundo, um fogo que nunca cessa e que enlouquece! São aqueles momentos que a gente grava para a vida toda, quando existe a mais pura verdade em chamar de “amor”… Imaginem como seria perfeito se pudéssemos parar o mundo nesse momento. Na verdade, é o sonho que todos temos, de nesses sublimes momentos, deixar tudo de lado e viver intensamente com quem a gente ama.
Então vem a rotina, e isso não é tão ruim, se não trouxesse a reboque, as brigas, o inicio de problemas que, na verdade, nem são tão grandes assim, na maioria das vezes. E no fato de ver amigos, e amigas indo para as baladas, sendo “felizes”, começamos a nos questionar se estamos fazendo o certo. E essa dúvida, acaba trazendo consigo o ciúme em excesso, as desconfianças e os pequenos rompimentos. Nesse momento, temos o ponto chave de uma relação... Corrigir o rumo, não permitir que pequenos abalos acabem com tudo ou, passar a apenas deixar os dias se seguirem, e esperar pela morte certa. Porque é isso que vai acontecer, se nada for feito. As chances de traição aumentam, e conseqüentemente, a raiva, o rancor, as mágoas que marcam para sempre, e tudo de ruim que acaba vindo junto com esses sentimentos.
Então chega o fim, onde cada um vai para um lado, odiando aquela pessoa que um dia amou, rezando todo santo dia para nunca mais vê-la, rasgando as fotos dos dois, quebrando os presentes... Até, enfim, acabar no ponto onde eu comecei o texto... Se pegar em um dia de solidão e simplesmente pensar em todas as bobagens, todas as pequenas brigas por coisas que 20 minutos depois se tornariam insignificantes, aquele pedido de desculpas que nunca fizemos, o momento em que, tomado por uma raiva, falamos insultos que nunca mais poderiam ser retirados e, acabamos com tudo. Por infantilidade, por pequenos momentos de fúria colocamos tudo fora. E é nesse momento que sentimos, de verdade, que aquela pessoa, que aquele sentimento que nos permitimos jogar fora eram verdadeiros. E percebemos, que a vida andou... Que aquela pessoa mudou e os sentimentos dela também... E vemos que é tarde demais...
Lembrem que um “eu te amo” às 3 horas da tarde, não custa nada. Dizer que se importa, faz bem. Um abraço apertado quando a gente mais se sente triste, não tem preço. Um silenciar na hora que mais desejava dizer algo horrível, pode te fazer feliz. Não percam essa chance. Não fazer isso pode te trazer mais lágrimas do que imagina...

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