domingo, 25 de março de 2012

Um Pedido de Desculpas

Hoje eu continuo pelos mesmos caminhos...
Depois de ti, limito-me à passar o tempo,
Entre beijos sem emoção, abraços sem carinho...
Sinto tua falta à cada madrugada mal dormida,
Ou mesmo à cada nascer de um novo dia.
As lembranças ainda batem forte no meu peito,
Causando dor, obrigando a pensar, inspirando poemas...
Por onde anda, minha pequena princesa?
Lembra de quando dormíamos olhando a lua?
E sob o brilho das estrelas fazíamos juras de amor eterno?
Onde nos entendíamos pelos olhares e cada beijo parecia interminável,
Nosso encontro era o mais puro amor!
Ainda ontem sonhei com você...
Volta prá mim, ainda te amo como se fosse o nosso primeiro encontro...
Mas o sonho acabou,
Não te tenho mais em meus braços,
Agora não posso mais olhar nos teus olhos doces,
Mergulhar com a alma nos teus abraços...
Nada mais é como antes, exceto o meu amor por ti!
Contigo foi um pedaço de mim, algo que não posso mais ter,
Amor...
Se te chamo assim ainda, é porque sinto tua falta,
E cada dia que passa a saudade só aumenta.
Já procurei em outros olhares, o teu brilho,
Em outros beijos, sonhei com tua boca...
Busquei teus carinhos em outros abraços!
Tolo engano, nunca mais te encontrei!
Minha pequena musa, minha bela estrela...
Hoje ilumina outros campos... Brilha mais forte em outros céus.
Mas que seja feliz!
Pois se assim está, saiba que me sinto bem, também.
Mesmo que eu não possa jamais voltar à sorrir...
Sem ti, me vejo sozinho e sem direção,
Como um pássaro sem asas,
Meu corpo sem o teu, falta um pedaço.
É como se o sol apagasse, as estrelas caíssem,
Viver na mais completa escuridão.
Mas mesmo nessa melancolia, agradeço aos deuses por ter te conhecido...
Do contrário, jamais saberia o significado da palavra "amor".
Desejaria apenas um minuto além do que já tivemos,
Para ter certeza de que não foi um sonho...
Essa não é mais uma simples poesia,
Nem mesmo uma carta apaixonada.
É apenas um lamento da minha alma despedaçada,
Lágrimas de sangue do coração,
É a mais profunda dor de amor, saudade, tua ausência!
Tudo para te dizer, que o tempo não varreu o meu amor por ti...
É simplesmente dizer que ainda te amo...
Sim, eu te amo.






Sem modéstia, são belas palavras, mas extremamente tristes. Eu tenho a teoria de que, as mais belas poesias de amor, são escritas em depressões inigualáveis, em dores de amor quase que insuportáveis.
Pois é, essa poesia acima, foi escrita a muito tempo atrás, exatamente nessas condições. São erros que cometemos em série, muitas vezes, que fazemos com que, tempos depois, consigamos escrever textos como estes, mas não possamos ter mais a pessoa amada em nossos braços. Uma coisa que eu insisto, e muitas vezes, nos esquecemos disso: Erros, todos nós cometemos, mas se o amor é verdadeiro, o erro maior é não ter a grandeza de perdoar, colocando em risco todos os mais belos sentimentos que temos. O orgulho exagerado é um veneno.
Amar é arriscar, é perdoar, amar é queimar em chamas, saltarmos de um penhasco sem medo do que vier, nascer e renascer a cada beijo e a cada olhar. O amor é um abraço apertado, um sorriso fugitivo pelo canto da boca, um beijo roubado, ou aquele tomado com consentimento. É mostrar a terra e ao mundo todo que estamos amando. Mas é também olhar para trás, ter humildade de reconhecer os erros, assumir as culpas, pedir perdão. Um dos maiores erros que cometemos é permitir que tudo se acabe sem que tenhamos a grandeza de um pedido de desculpas.
Lembrem que quase tudo é questão de ponto de vista, às vezes o que parece tão certo para você, não é visto da mesma maneira pela pessoa que está ao seu lado. Na verdade, a pessoa pode apenas querer te ouvir, saber o que você sente, quer que você fale suas dores, seus problemas, abra seu coração e a permita fazer parte plenamente da sua vida, e nós, na certeza de estar sempre fazendo tudo certo, cometemos erros que vão resultar no fim de tudo. Acho que esse texto é sobre isso, sobre o que podemos fazer para não deixar o amor morrer, por nossos próprios erros.
A poesia do início é de minha autoria, espero que gostem, e a minha dica musical de hoje é Cantiga, da banda Anjos do Hanngar.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Reflexões

Antes de mais nada, peço desculpas pela demora em postar o novo texto. Eu passei vários dias em uma absoluta crise de abstinência criativa, e a causa principal, creio eu, é a absoluta ausência de um envolvimento emocional de minha parte. E de tanto pensar, vi que estava aí o tema para meu novo texto: Os amores da nossa vida!
E hoje, especialmente cito a minha. Durante muito tempo da vida, acreditei que a pessoa certa não existia, que era apenas uma fantasia de minha cabeça, daquelas que muitas vezes usamos como um rumo, um norte em meio à tempestade. Ledo engano. O amor existe, e eu posso dizer hoje, já não mais com os excessivos sentimentos da juventude, que ele existe.
Mais adiante, acreditei verdadeiramente que jamais poderíamos amar outra pessoa, ou que, caso amasse, a primeira não teria sido um amor verdadeiro. Mais um equívoco. Amamos mais de uma vez na nossa vida, mas a diferença entre um amor e uma paixão, é que a paixão queima, explode, mas some, agora o verdadeiro amor, esse não, esse fica para sempre. E nem me refiro à uma possível esperança de retomá-lo, mas sim aquela lembrança boa, gostosa, de um dia ao sol, de um beijo, um abraço apertado, um segredo contado ao pé do ouvido. É assim que eu penso ser um amor do passado. Sei que vocês podem discordar, mas duvido, que quando lembram de um amor do passado, não seja essa memória que venha a mente, independente do motivo que levou ao fim. Se não é assim que vêem um antigo amor, então, talvez não tenha sido amor.
Até chegar aos dias atuais, onde, simplesmente não vejo horizonte. Uma sensação de vazio, acompanhada de uma desilusão profunda. O triste mesmo, é quando nos apaixonamos por alguém, e, por equívoco exclusivamente nossos, entregamos um sentimento verdadeiro à uma pessoa que talvez não seja merecedora disso. É duro, complicado, mas não é o fim. Isso minha experiência me mostrou. O triste mesmo disso é ver que, essa pessoa se tornou tão importante, tão forte em nossas vidas, e de repente, extremamente distante. Era tão real, tão intenso, e agora é nada. A mágoa que fica, muitas vezes nos fecha para todo o resto, nos impede de seguir em frente, motivo pelo qual, em nosso caminho, magoamos tantas outras pessoas que sentem o mesmo belo sentimento por nós. Sei exatamente o que é dizer “segue em frente”, quando o que mais queremos é voltar ao tempo onde nos sentíamos felizes.
Esse texto é mais do que uma reflexão, como os outros, mas um desabafo. Vi em meu facebook dias atrás, no perfil de uma pessoa que me marcou muito uma postagem que dizia algo do tipo: “Foram tantas brincadeiras, tantas conversas, tantas risadas, e olhe agora: Nem conversamos mais.” É sobre isso que falo.
E depois de tanto pensar, tanto refletir em vão, afirmo sem medo de errar: O que mais dói não é um amor que ficou no passado, mas sim aquele que por motivos desconhecidos, jamais aconteceu. Nada na vida é eterno, exceto o amor que nutrimos por pessoas que nunca serão esquecidas de nossas vidas...
Minha dica musical de hoje é “Impossível Acreditar Que Perdi Você”, do talvez, maior cantor da música brasileira, Fábio Jr.